Amazon expande rede de energia nuclear para data centers

A Amazon anunciou mudanças em um dos acordos que garante energia nuclear para alimentar seus data centers na Pensilvânia, EUA. A big tech garantiu 1.920 megawatts de eletricidade livre de carbono da Talen Energy Corporation, uma produtora independente de energia, até 2042.

Um contrato anterior com a mesma empresa foi rejeitado por reguladores da região após avaliações de que a manutenção de um data center construído pela Amazon em Susquehanna poderia gerar ônus aos clientes.

O novo contrato coloca a Amazon “em frente ao medidor”, garantindo que as cobranças da Amazon Web Services (AWS) sejam feitas assim como ocorre com outros clientes atendidos pela rede da região. As linhas de transmissão serão reconfiguradas em 2026.

Usina nuclear na Pensilvânia gera energia para 2 milhões de residência (Imagem: Talen/Divulgação)

Reduzindo dependências

O cronograma de entrega de energia da rede tem previsão de atingir o volume total até 2032. A transação de longo prazo vai reduzir o risco de mercado da Talen e minimizar sua dependência do crédito tributário federal para produção nuclear, segundo a empresa.

De acordo com o vice-presidente de Data Centers Globais da AWS, Kevin Miller, esse é o maior investimento do setor privado da história do estado – US$ 20 bilhões – e vai gerar 1.250 empregos altamente qualificados.

Atualmente, a Pensilvânia ocupa uma posição de exportadora líquida de energia, ou seja, produz mais energia do que a comunidade local necessita. A Talen acredita que o acordo com a Amazon “ajudará a enviar os sinais de mercado necessários para estimular novos investimentos em geração adicional e modernização da rede”.

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Energia nuclear é a grande aposta das big techs para garantir fonte renovável aos data centers (Imagem: Nomad_Soul/Shutterstock)

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Explorando fontes limpas

A Amazon e a Talen também anunciaram a intenção de explorar a construção de novos Reatores Modulares Pequenos (Small Modular Reactors, em inglês) na Pensilvânia. Esses reatores de fissão nuclear têm em torno de 10% do tamanho de um reator convencional, com custos de produção reduzidos, o que tem chamado atenção de empresas de tecnologia.

Como explicou o Olhar Digital, além de gerar energia, os pequenos reatores podem ser usados em cogeração, aquecimento, dessalinização da água, produção de vapor para uso industrial e produção de hidrogênio.

Protótipo de mini reator nuclear desenvolvido pela Amazon (Imagem: Divulgação/Amazon)

No ano passado, a Amazon fechou três acordos de investimentos para estudos de viabilidade de instalação de SMRs nos EUA. O plano faz parte da meta de atingir 100% de energia renovável nas instalações da varejista até 2030.

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