Cheiro da pele pode revelar Parkinson, diz estudo

Parkinson é uma condição neurodegenerativa que afeta principalmente o controle dos movimentos, causando tremores, rigidez muscular e lentidão nos movimentos. A doença é causada por uma redução na produção da dopamina, um neurotransmissor crucial para a coordenação motora. 

Estimativas apontam que mais de 10 milhões de pessoas convivam com a condição em todo mundo, número que pode dobrar nos próximos anos. Uma das principais dificuldades é detectar o problema de forma precoce, algo que pode mudar a partir das conclusões de um novo estudo.

Parkinson afeta milhões de pessoas em todo o mundo (Imagem: Creative Cat Studio/Shutterstock)

Sebo da pele pode ser segredo para detecção precoce da doença

  • De acordo com pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, a doença pode estar associada a um odor específico.
  • Isso significa que ela pode ser diagnosticada até sete anos antes analisando o sebo da pele do paciente.
  • Esta é uma substância cerosa produzida pela pele e que contém compostos orgânicos voláteis (COVs).
  • Os cientistas explicam que, em pacientes com Parkinson, o cheiro pode ser diferente.
  • A descoberta pode dar origem a um exame simples e de baixo custo, com amostra coletada com cotonete.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista npj Parkinson’s Disease.

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Descoberta pode ajudar a criar novas formas de detecção da doença (Imagem: R Photography Background/Shutterstock)

Diagnóstico pode acontecer até sete anos antes

Durante o trabalho, foram analisadas amostras de 83 pessoas: 46 com Parkinson, 28 do grupo de controle e nove com transtorno comportamental do sono REM, associado à doença. No grupo com a doença neurodegenerativa, 11 participantes foram acompanhados por três anos.

A equipe coletou amostras da pele da parte superior das costas, uma área rica em sebo, e analisou os COVs usando uma técnica chamada cromatografia gasosa–espectrometria de massa. Foram identificados 613 compostos.

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Doença afeta principalmente o controle dos movimentos, causando tremores, rigidez muscular e lentidão nos movimentos (Imagem: Erfan Rg/Unsplash)

A partir de modelos estatísticos, os pesquisadores conseguiram distinguir cada um dos grupos usando os perfis químicos da pele. Do total, 55 foram situados entre o grupo controle e o de transtorno do sono, o que sugere indícios de progressão da doença.

Segundo os cientistas, ao longo do tempo de acompanhamento, 38 COVs foram se alterando de forma progressiva, o que possivelmente indica o avanço da doença. Os resultados sugerem que o diagnóstico pode acontecer até sete anos antes em comparação com os métodos existentes hoje.

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