Microplásticos podem aumentar risco de diabetes, revela estudo

Os microplásticos já foram localizados em praticamente todos os órgãos humanos. Segundo cientistas, estas pequenas substâncias podem gerar graves problemas de saúde, mas estes efeitos ainda não são tão bem documentados.

Agora, um novo estudo aponta que eles estão presentes na brisa marinha, em mananciais subterrâneos de água e em peixes. E que a ingestão destas partículas pode aumentar os riscos de desenvolver diabetes tipo 2.

Microplásrticos também contaminam a água e os animais que vivem nela (Imagem: xalien/Shutterstock)

IncidĂŞncia de diabetes foi 18% maior

Durante o trabalho, os pesquisadores analisaram a concentração de microplásticos em 152 áreas costeiras nos Estados Unidos. Eles descobriram que os moradores que viviam nas regiões com grande contaminação eram os que apresentavam a maior incidência de doenças.

Os participantes do estudo apresentaram uma prevalência 18% maior de diabetes tipo 2, 7% maior de aterosclerose e 9% maior de derrames. Essa é uma das primeiras pesquisas em larga escala a sugerir que águas poluídas estão relacionadas a doenças crônicas.

Pesquisadores encontraram uma relação entre a contaminação plástica e a doença (Imagem: Shutterstock/Proxima Studio)

Trabalhos anteriores já tinham identificado que micro e nanoplásticos provocam estresse oxidativo, danificando células e tecidos. No entanto, não havia qualquer referência ao risco de viver em áreas próximas ao mar com um alto grau de contaminação por essas substâncias.

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Estes pequenos pedaços de plástico podem ser muito perigosos (Imagem: Deemerwha studio/Shutterstock)

Riscos dos microplásticos

  • Os microplásticos sĂŁo pequenas partĂ­culas sĂłlidas de materiais baseados em polĂ­mero com menos de cinco milĂ­metros de diâmetro.
  • AlĂ©m de levar milhares, ou atĂ© milhões de anos para se decompor, elas estĂŁo espalhadas por todo o planeta, inclusive na prĂłpria água potável.
  • Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
  • Os primários sĂŁo projetados para uso comercial: sĂŁo produtos como cosmĂ©ticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
  • Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
  • Este tipo de material já foi detectado em diversos ĂłrgĂŁos humanos, sendo encontrados no sangue, cĂ©rebro, coração, pulmões, fezes e atĂ© mesmo em placentas.
  • Embora os impactos Ă  saĂşde humana ainda nĂŁo sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressĂŁo de doenças como o Parkinson.
  • Estudos recentes sugeriram que a exposição aos microplásticos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testĂ­culos, contribuindo para o declĂ­nio da fertilidade.

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