Foram dias de aflição e angústia, torcendo pelo resgate da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Torcida, orações e revolta também – pela demora das autoridades locais.
O Rinjani é o segundo maior vulcão do país, com 3.726 metros de altura. Para chegar ao seu topo, os turistas e aventureiros precisam enfrentar uma das trilhas mais desafiadoras do Sudeste Asiático.
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Apesar da altura admirável, o Rinjani está bem longe de ser o maior vulcão do mundo. Existem estruturas geológicas com altitude, área e volume muito superiores a ele.
O Olhar Digital lista a partir de agora alguns desses gigantes. E, claro, segue na torcida por um desfecho positivo na história da brasileira Juliana Marins.
Os maiores vulcões do mundo
- Se olharmos só para altura a partir do nível do mar, o campeão dessa lista é vulcão Nevado Ojos del Salado, que fica na fronteira entre o Chile e a Argentina, na Cordilheira dos Andes.
- Ele é dono de uma elevação de 6.879 metros e possui o status de ativo (ou seja, ainda pode entrar em erupção).
- Agora, se você perguntar ao Google, o buscador dirá que o maior vulcão do mundo é o Mauna Loa, no Havaí.
- Isso porque o Mauna Loa, que significa “montanha longa” na língua local, detém vários outros recordes.
- Acima do nível do mar, ele possui “apenas” 4.170 metros.
- Acontece que a base desse vulcão fica no fundo do oceano – e, de uma ponta a outra, o Mauna Loa tem 9.170 metros.
- Para você ter uma ideia, ele é mais alto que o Monte Everest!
- O vulcão no Havaí é também o recordista de área na superfície e abrange 5.271 quilômetros quadrados.
- Isso faz com que ele cubra metade da ilha onde está localizado.
- Ele fica no Parque Nacional dos Vulcões e integra a Ilha Grande, a maior do arquipélago que pertence aos EUA.
- Outros vulcões que merecem destaque são o Kilauea e o Mauna Kea, ambos no Havaí, o Popocatépetl, no México, e o Etna, na Itália.
- O Etna, que virou parte do cenário da Sicília, é o maior vulcão do continente europeu e é bastante ativo (entrou em erupção, inclusive, em junho de 2025).
Um gigante em erupção
Falando em atividade, o Mauna Loa também tem essa característica. Além de colossal, ele é hiperativo. Foram 33 erupções desde 1843, quando os registros oficiais começaram. Nessa época, os polinésios colonizavam o arquipélago havaiano.
A erupção mais longa data de 1859: ela durou 300 dias e produziu um fluxo de lava que cobriu 51 quilômetros. Nessa época, o vulcão destruiu aldeias e recursos essenciais para a população, que demorou bastante tempo para reconstruir os locais atingidos.
Em termos de destruição, porém, o caso mais emblemático é o do ano de 1950, quando uma erupção bem mais curta, de 23 dias, causou danos quase irreversíveis. O Mauna Loa despejou cerca de 375 milhões de metros cúbicos de lava na ilha. O saldo foi de destruição de quase toda a infraestrutura.
A penúltima erupção registrada, de 1984, também foi bastante assustadora. A ponto de o fenômeno quase engolir a cidade de Hilo. À época, as autoridades até tentaram usar explosivos para desviar os fluxos de lava, mas os esforços não deram certo.
Por fim, o episódio mais recente ocorreu em 2022, num espetáculo belo, mas também destruidor. Um verdadeiro “show de lava” sobre o qual o Olhar Digital tratou na época.
Texto feito com base em uma reportagem do Olhar Digital de 05/01/2023.
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