A Apple vendeu em 2024 praticamente o mesmo número de iPhones que em 2015, segundo a consultoria IDC. Ainda assim, o valor de mercado da empresa disparou: suas ações subiram nove vezes nesse período.
O segredo? O crescimento explosivo da divisão de serviços, que inclui iCloud, App Store, assinaturas como Apple Music e receitas com publicidade e buscas.
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Como as ações da empresa decolaram
- Desde 2015, a receita com serviços quintuplicou, enquanto a venda de dispositivos cresceu menos de 40%.
- Os serviços também são muito mais lucrativos: geram margens de lucro superiores a 70%, contra 30% a 40% do hardware, de acordo com o Bank of America.
- Isso fez com que o lucro da Apple fosse cada vez mais puxado pelos serviços — e os investidores passaram a valorizar mais as ações da empresa.

Lucros podem cair em breve
O modelo, contudo, enfrenta ameaças. Uma decisão judicial na Califórnia pode forçar a Apple a permitir que desenvolvedores vendam fora da App Store, sem pagar taxas.
A empresa recorreu, mas, segundo o Bank of America, poderia perder até 10% do lucro líquido se esse cenário se confirmar — algo considerado improvável. A Europa já exige mudanças semelhantes, e outros países podem seguir o exemplo.
Outra fonte-chave de receita, o pagamento bilionário do Google para ser o buscador padrão no Safari, também está em risco após um processo antitruste nos EUA.
Segundo o Wall Street Journal, analistas apontam que, mesmo com o sucesso de outros serviços, a Apple pode ter dificuldades para substituir essas duas fontes caso as decisões legais avancem.

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