O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (6) que o país vai aplicar uma tarifa de aproximadamente 100% sobre a importação de chips e semicondutores. A medida valerá para todos os produtos do tipo que entrarem no território norte-americano, com exceção das empresas que já tenham se comprometido a produzir localmente.
A declaração foi feita por Trump a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca. De acordo com o presidente, o objetivo é incentivar a fabricação de semicondutores em solo americano, reduzindo a dependência externa em um setor considerado estratégico.
Tarifa de 100% em todos os chips e semicondutores que entram nos Estados Unidos. Mas se você se comprometeu a construir [nos EUA], ou se está em processo de construção, como muitos estão, não há tarifa.
Donald Trump, presidente dos EUA
Incentivo à produção doméstica de semicondutores
A medida se insere em uma estratégia mais ampla de fortalecimento da indústria tecnológica dos Estados Unidos. O governo tem adotado políticas para estimular a relocalização de cadeias produtivas, especialmente no setor de tecnologia, que sofreu impactos durante a pandemia e está no centro de tensões comerciais globais.
Ao isentar empresas com produção nacional ou em fase de instalação nos EUA, a tarifa busca diferenciar companhias que investem na economia local daquelas que apenas exportam para o mercado americano. Trump destacou que a nova regra valerá de forma abrangente, mas com essa exceção importante.
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Impacto esperado no setor
- A tarifa de 100% pode gerar impacto imediato no mercado global de semicondutores, pressionando fabricantes estrangeiros que ainda não possuem presença produtiva nos Estados Unidos.
- A medida também pode alterar o custo de diversos produtos eletrônicos no país, já que chips são componentes essenciais em smartphones, computadores, automóveis e eletrodomésticos.
- Trump não detalhou quando a nova tarifa entrará em vigor nem os critérios exatos para a isenção de empresas com investimentos em território americano.
- No entanto, o anúncio reforça o tom protecionista que tem marcado a atual política econômica do governo norte-americano, especialmente em setores considerados sensíveis à segurança e competitividade nacional.
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